No século II antes de Cristo, novos colonizadores chegam a Olisipo, oriundos da poderosa cidade de Roma. A fase de apropriação militar é rapidamente suplantada pelos contactos comerciais, sociais e culturais.

O NARC localiza-se a Ocidente da cidade, no vale, num ponto provavelmente propício ao atravessamento da ribeira, ou seja, num ponto de passagem. Este espaço foi utilizado como necrópole durante cerca de um século, entre as últimas três décadas do século I a.C. e meados do seculo I d.C., ou seja o cemitério romano mais antigo que conhecemos na cidade.

Deste cemitério, foram identificadas oito sepulturas de inumação, uma sepultura de incineração e quatro áreas interpretadas de incineração, acompanhadas de espólio funerário. O estudo antropológico revelou a presença de três bebés que terão sucumbido durante o parto, duas crianças, uma rapariga com cerca de 15 anos, um jovem com cerca de 20 anos, um homem adulto e uma mulher de idade avançada.